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No meio da noite, sem motivo aparente, ela abriu os olhos no breu do quarto. Ergueu a cabeça e ouviu a voz dele cortando o silêncio. Ela se virou, abraçou-o, arrancou-lhe que já estava acordado fazia tempo. Ela deu uma risada, levantou-se e saiu ignorando as perguntas que ele fez. Não demorou muito, ele viu a sua silhueta se movendo pelo quarto; sentou-se então na cama, lançando outras perguntas que ela fez o favor deixar sem resposta novamente; mas ela se ajoelhou ao lado dele e entregou-lhe um copo suado. Ele sorriu, sabia o que era; estava do jeito que só ela fazia e que ele tanto gostava. Mesmo na penumbra, sorriram um para o outro. Ele depositou o copo vazio no criado mudo, abraçou-a forte, jogando seu peso todo, fazendo com que os dois tombassem no colchão. Trocaram beijos apaixonados e carinhosos, risadas no escuro, piadas, afagos e palavras delicadas. Não demorou muito, dormiram, cingidos um pelos braços do outro. Sono doce, leve feito o amor dos dois.