Gosto, por exemplo, de boas ficções científicas. Gosto tanto que aceito perfeitamente o fato de que, em geral, a ênfase é em "ficção", "científica" fica mero nome-fantasia. Naturalmente, gosto de Matrix. Só não me verão falando da trilogia Matrix, porque eu não considero uma trilogia. Ok, eles tentaram fazer assim, mas pra mim não rola. Parte do meu gostar está em ignorar aquele último filme. Aquilo é qualquer coisa, um Dragon Ball Z, que passa por Rocky Balboa para chegar no final da Paixão de Cristo, mas Matrix não é. Eu aliás, quando comprei meu box, pedi desconto, afinal não pretendia tirar aquele último filme da caixa; por mim, ele bem poderia ter ficado na loja. É, a vida não é perfeita, segue.
Mas eu gosto mesmo de Matrix. Ando até com vontade de fazer uma sessão dupla. E talvez, quem sabe, depois faríamos um círculo de leitura de Matrix Comics, e também Animatrix. E zaz!
Já tive alguns amigos discutindo sobre o filme, se questionando sobre o menino que entorta a colher, sobre o helicóptero que bate no prédio e cria aquela onda nos vidros, sobre quando as pessoas morrem, sobre o fato dos seres humanos alimentarem as máquinas quando na verdade eles consomem energia, sobre o Cypher indo se encontrar com o Agente Smith para trair toda a sua tchurma, sobre a Trinity pulando de um prédio para outro e ficar parecendo quando o Chaves voava em aerolito, e mais um bando de outras coisas, detalhes, minúcias e vírgulas. Isso todo mundo discute, questiona. Perfeito, acho bom. Mesmo.
Só acho engraçado que quando o Agente Smith fala que humanos são um vírus, um câncer, e que o primeiro projeto deu errado porque tudo era perfeito e os seres humanos simplesmente não conseguiam viver neste ambiente e por isso o destruíram, ninguém discorda.
Um comentário:
Realmente, ninguém discorda. O que me lembra muito a fala do Leandro Karnal em que cita Ulisses e Calypso e sua incapacidade de viver em uma ilha perfeita.
https://vimeo.com/29536632#t=3224
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