Às vezes eu sumo, né? Eh... eu sei. Mal tenho o blog há um mês e já começo a nomear padrões na periodicidade das postagens. Acontece que essa vida de blogueiro é engraçada. Se escutamos uma frase boa, uma história engraçada, se encontramos uma bela imagem, geralmente retrucamos com um "Isso vai pro meu blog!". Quem já teve um blog, sabe que isso é um grande elogio, como se fazer um post fosse realmente um sacrifício, um trabalho de Hércules; como se só viesse parar aqui o que o mundo e seus habitantes frenéticos produziram de melhor, só trabalho com a nata.
O que mais vem me saltando aos olhos é como passei a olhar pras coisas de uns tempos pra cá. Fico investigando de onde pode sair um novo texto, nada muito longo, algo que seja bom, sedutor por 1 minuto e que deixe boas impressões. Fico tendo conversas, olhando nos olhos, às vezes com frases polidas dentro da minha cabeça, dá pra trabalhar esse tema, será que fica bom? Releio coisas antigas que já escrevi, que já foram de blogs passados. Mas lendo-as, vejo que são exatamente isso: coisas de um tempo passado, quando por acaso eu tinha um blog, e que não volta mais. Voltar a postar num blog tão livre e volátil como isso aqui me reaproximou das teclas, da caneta e do papel. Isso não parece grande mérito para uma estudante de Letras, que vive tendo idéia para várias histórias. Mas acreditem, é.
E quando eu tenho algo muito bom, ou só bom, ou só algo, venho postar e o Blogger me diz que meu navegador não aceita cookies e preciso ativar o Javascript? Sabotagem, já fiz isso 12 vezes; então concluo que o Blogger é gerenciado por uma mulher que tem dias que ela não quer ter trabalho.
Mas eu preciso admitir, há dias que a última coisa que penso é nisso aqui. Às vezes vem a lembrança vaga na cabeça de que já se foram alguns dias sem atualizar, mas se vai como fumaça. Isso porque não raro, na minha casa, há tantos sorrisos, perfumes, risadas, olhares gentís, histórias divertidas, intimidade e respirações ofegantes, que não deixa vontade alguma de dividir minha atenção.
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