A afirmação surpreendeu aquela lingüísta. Ninguém havia dedicado tempo para aquele que era o seu terceiro filho dominar as letras, ainda era jovem demais, apenas 3 anos e meio.
-É mêmo? - indagou em tom jocoso. - Então mostra aí!
Ele tomou o lápis e o papel nas mãos delicadas e infantís, debruçou-se com concentração sobre a mesinha de plástico com cara de sapinho e depois de algum tempo, lá estavam:
A B L A
Depois que completou a tarefa, correu os olhos pelos traços recém-feitos, como quem confere se não se havia esquecido de nada, e ergueu a cabeça em direção à mãe com um sorriso no rosto, orgulhoso do que tinha a mostrar.-Que isso, meu filho?
-Ué, mãe, abêla!
Bonitinha essa história, né? Isso porque a abêla ficou no papel e não tocaiou o menininho na cozinha dele para meter-lhe o ferrão no calcanhar.
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