domingo, agosto 20, 2006

Mahler, seu lunático!

Fui ontem ao Municipal assistir à Sinfonia N.8 de Mahler, a Sinfonia dos Mil. Só no coro, que reuniu 4 corais, estavam 420 pessoas. Tive medo daquele palco despencar. É uma sinfonia grandiosa, bem com cara de Mahler mesmo. Ficar aqui descrevendo allegros e analisando os movimentos eu não vou, música é muito mais do que relação entre intervalos e oposição de função de acordes; tem que ouvir!
Mas coisa que vale mencionar é o nível de organização que algo deste porte demanda para ser executado. Um coro de 420 vozes precisou ser amplificado dentro do Teatro Municipal porque estava a mais de 30 metros da boca de cena, o palco foi completamente aberto, a saída dos músicos precisou ser feita de 40 em 40 pessoas (!!!) e precisou de um regente separado para os metais. Se o preço que Mahler teve que pagar por toda a sua genialidade foi o seu temperamento incostante e intempestivo, ao ouvir as suas sinfonias, chegamos a pensar que foi uma barganha.
Para aqueles que puderem ir à apresentação na praia, não percam;além de tudo a vista que terão é uma das poucas coisas que conseguem ser mais bonitas que o Teatro Municipal carioca: o Rio de Janeiro.

4 comentários:

Anônimo disse...

E os cookies? fome...

Anônimo disse...

Que apresentação na praia???

EU QUERO IR!!

bjo.

PS- fiz comentários nos posts anteriores.. dá uma olhada..rs

Anônimo disse...

Comentário 2:
A poesia (ou seria musica? de qq forma, não dá no mesmo?) que vc postou dia 18 me fizeram lembrar de uma musiquinha fofa da propaganda do mercado livre:

"someone is there
waitting for my song
I'm only looking for
someone who sings along
When all my dreams
finally reach yours
we will apprise and
maybe find our true love"

Anônimo disse...

Tem dias que as coisas dão errado. Hoje é um dia B.

Quero pegar um trem. Quero ir pra 2046. Lá eu sou só mais um rosto numa multidão de pessoas que não querem voltar.
Lá, o único risco que eu corro é o de me apaixonar por um androide.
Ainda assim, serem apenas mais um na multidão do futuro. E, não sendo ninguém, não tenho sentimentos, não sofro.

Porque eu me sinto culpado por sentir raiva?

beijo.