segunda-feira, outubro 30, 2006

O fim do meio

O meio acadêmico é cheio de coisas boas. Gosto dessa coisa de mexer com as idéias, futucar para que elas cresçam, mesmo que para lados impensáveis, e criem frutos. É um também um meio de claustro construtivo, ambientes aveludados, com passos abafados por carpete, perfumado pela umidade e mofo incrustados nos livros; podendo tanto ser silencioso e introspectivo, monofônico e contemplativo, ou até mesmo caótico e belicoso.
E, vez por outra, rola socialização, coquetéis e coffee breaks, com pessoas em tecidos naturais e sandálias rasteiras conversando com outras em ternos bem cosidos e sapatos polidos, bebericando do café em xicrinhas, beliscando de bandejas ornamentadas de tão organizadas.
Ah, o meio acadêmico tem tudo para ser legal. Quase tudo. Tem um problema: os acadêmicos. São um bando de chatos, que no fundo (e também no raso) competem para ver quem leu mais, quem decorou mais nomes em línguas européias. Mas o que mais me ataca os nervos nem é isso, são aquelas tentativas de piada, nulas em humor, que sempre provocam aquela risadinha, em que se inclina a cabeça 13,5º para trás e faz-se soar aquele hã-hã-hã-hã (já repararam que nunca é mais que 4?), irritante!
Meiozinho besta!

IPC: ainda tô pensando num título melhor para esse post...

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