bem sabes que não sou um sádico ou muito egoísta, mas que gozo é esse que tenho quando choras! Que estranho prazer é esse que me inunda quando me chamas com a voz débil, os olhos baixos e o rosto encharcado. Então afundas tua face em meu peito, então te recebo, digo para que não chores, mas anseio pelos teus soluços que fazem teu nariz me roçar os mamilos. Gosto de como teu corpo se aquece, e do calafrio de quando uma das tuas lágrimas te abandona para deslizar-me pela pele.
E o teu beijo, ah!, umedecido por todas as outras lágrimas que mantiveste contigo, que me negaste, e pela saliva que enche tua boca.
Então gosto de te fazer olhar para mim, para sentir tuas mãos apertando-me, tuas unhas vermelhas me lascando os braços e as costas, resistindo parcamente para que continuemos colados. Fito-te os olhos, para que não consigas fitar-me de volta, como a menina perdida que nunca foste; como o moleque em que me transforma, como se meus 20 anos a mais nada fossem. E aliso e cheiro teus cabelos negros, contemplo-te porque és sempre linda, e te consolo, do mesmo jeito que fazes comigo porque, mesmo que adore teu choro, depois que cessa, abre tuas pernas e me recebe lânguida e mansa, como a virgenzinha que nunca foste.
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