Ainda é de graça

Passei o olho hoje nos classificados de emprego do jornal. Circulei algumas coisas que me interessaram, amanhã é dia de voltar à busca. Eu só tenho como curioso as minhas expectativas quando lendo os anúncios.
Quando eu era mais nova, minha maior vontade era arranjar um emprego no tele-sexo. O salário é bom, você trabalha meio-período com flexibilidade de horário. E pensem, gente, iam me pagar para falar besteira no telefone e ninguém ia me cobrar traje social para trabalhar, sonho de toda adolescente.
Mas aí cresci, minha vontade mesmo era ter um horário no rádio ou uma coluna no jornal. Não seí assisti Sex and the City demais, mas ia gostar, seria um espaço para publicar minhas idéias, falar o que acho bom e descer o malho no que acho que não presta. E isso é complicado para mim por ser cantora e escritora, críticos são os caras maus, aqueles que não passam de uns recalcados porque se fossem bons, fariam. São quase uma classe abaixo dos professores de educação física. Seria como blogar e receber por isso. E por acaso acha que não tenho vocação? Todos são críticos mesmo... Só tem uma coisa: se é a segunda vez que está aqui, você não está tão firme no que pensa. Falta saber se compraria o jornal ou ligaria o rádio.