A brilhante tradutora de textos técnicos largou seu trabalho por alguns minutos e foi até à cozinha, havia uma ligeira fome que pensou em enganar com uma apetitosa bacia de pipoca. Pegou uma panela, pôs o óleo para esquentar, jogou os milhos e pôs-se a mexer com uma colher de pau até que o primeiro estourasse. Ao primeiro poc! se tocou, não havia pegado a tampa! Como uma fonte seca, as pipocas estalavam e saltavam para fora da panela, cobrindo o fogão e bancada de pequenas nuvenzinhas brancas; enquanto isso, a brilhante tradutora enfiava a mão no armário em busca da tampa da qual precisava. A belíssima fonte então se tornava mais intensa e ruidosa! E ainda a tradutora investia no armário, e ainda tendo que lutar contra uma crise de riso... No desespero, catou a que estava mais próxima, que por acaso era a maior, e jogou em cima da panela. A fonte já não subia mais em direção ao teto, mas pela folga da tampa, as pequenas nuvenzinhas continuavam a cair sobre a placa do fogão.
Os estouros cessaram, desligou-se o fogo, e via-se um manto flocado branco liiiindo se estendendo pela cozinha.
A profissional recompôs-se do descabelamento no qual estava.
-Hmm... Se eu limpasse o fogão, teria como catar as pipocas que caíram fora. - Tentou puxar da memória mas desistiu. - Faz muito tempo que fiz esse doce de banana. É melhor dar essas pipocas pros cachorros...
Moral da história? Minha burrice me impede de atingí-la.
2 comentários:
Nota Mental: Fique longe da Panela de Pressão!
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