segunda-feira, março 12, 2007

Sobre nós e nada mais

Não importa o quanto podemos ser belos, inteligentes, admiráveis, bondosos, envolventes, dedicados, ricos, famosos, semi-divinos; nada disso não importa, nada disso consegue nos assegurar naquilo que mais queremos: sermos verdadeiramente amados. Em muitas vezes, aquilo que deveria nos servir como fogo aliado nos expõe ainda mais. Talvez o medo, que beira a neurastenia, de nunca conseguirmos aquilo que buscamos não more na impossibilidade do amor (não que esta possa ser descartada), mas sim na névoa em que buscamos nosso alvo; afinal, o que é, verdadeiramente, o amor? E ainda que um dia possamos provar da fruta e ter-lhe o sumo roçando-nos a pele, que semente é essa capaz de gerá-lo?
É sábio esperar por sentimentos que ascendem ao divino quando aqueles que os geram e alimentam não passam de... humanos?
O que queremos, afinal, sermos amados apesar de nossa beleza ou dedicação? E este seria o ideal, sermos podados, despidos daquilo que também somos, para caber no coração do outro?
Então a pergunta e a dúvida não é sobre amor, amores ou desejos; é sobre o que queremos que seja o objeto de tudo isso: nós, puros, sem máscaras ou chantilly.
Então que somos nós, verdadeiramente?

Um comentário:

Anônimo disse...

(com os olhos cheios de lágrimas)Obrigado Kath!!!