segunda-feira, julho 09, 2007

Essas nunca chegam...

Queria férias. Mas admito que o problema, para mim, não é levantar cedo, cumprir obrigações ou ter horário. O que eu queria mesmo era tirar férias da incompetência latente das pessoas, dos engarrafamentos mil que há pelo caminho, daqueles que não têm mais nada para fazer a não ser se sentirem incomodados com a minha existência, da demência de quem deixei pra trás, da lerdeza daqueles que acham que o mundo tem que parar por sua causa, dos outros que não sabem o que querem, de quem acha que tem grudar atrás de você na fila, da total falência moral e funcional dos serviços os quais pagamos para facilitar e somos roubados para sermos atrapalhados, de ouvir "é a política da empresa" quando não há outro argumento para justificar a violação à lei que praticam, desta situação vergonhosa do meu país em que a opinião pública só conta para eleger o Cristo e não para mover os outros a agirem decentemente, de crianças mal-educadas cujos pais acham que a obrigação de aturá-las é sua, da tecla ENTER do meu teclado que trava, da gasolina que tá cara e não pára de evaporar, de quem não tem pista das coisas e acha que tem o pitaco mais importante do mundo, do descaso dos outros na hora de fazer mas da agilidade que têm na hora de cobrar, do tempo que nunca tenho, das mulheres que me olham torto na rua, da sensação de insegurança, de tudo ser tão difícil, de sempre haver uma taxinha aqui ou ali, dessa sociedade que quer sempre nos colocar com refém de uma empresa, um grupo, uma pessoa ou uma situação.

Queria entrar em trégua com minha arquiinimiga.

Um comentário:

Anônimo disse...
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