sábado, agosto 25, 2007

Sobre crenças e adagas

Abandono é uma coisa pela qual passamos diversos momentos em nossa vida. Eu mesma já o conheci de diversas formas. Às vezes, um nos prepara para o outro. Mas eu nunca fui muito partidária dessa idéia, para mim é uma ferida que não cicatriza. E o abandono seguinte é como adaga que atinge teu mesmo ferimento. E se a ferida já está aberta, funda, mais fundo ainda será o golpe.
Mas hoje eu me pergunto se toda essa minha teoria ainda vale. Hoje me pergunto se a ferida, de tão aberta, já não tem mais fundo; me pergunto se não seria como aqueles buracos em que jogamos uma pedra e não se ouve o eco de quando ela atinge o chão.

5 comentários:

N.R. disse...

É mesmo.
Uma ferida aberta, cura-se quando nos viramos para o lado.
Mesmo que não oiçamos o eco, nada nos garante que não estejamos momentaneamente surdos, direi mais, CEGOS!

Ricardo Artur disse...

Pior será quando não mais sentirmos dor alguma. Será a evidência de que a indiferemça já nos consumiu por completo.

Gabriel Cruz disse...

Somos feitos para o infinito em uma realidade finita! A dor sempre é sinal do desejo de felicidade. Enquanto vc sente esta dor, você deseja felicidade. Se para de sentir... é porque esse desejo morreu... e nada é pior para o homem do que não ter desejo de felicidade!!!

:)

xistosa, josé torres disse...

Esse "nuno" da postagem, é o genro da xistosa, como expliquei no Diário de um Arauto. (Não tem nenhum blog).

Só no Criativo de Galochas é que saiu "xistosa", todas as outras visitas foram do "nuno".

As máquinas ás vezes "passam-se" ...

Anônimo disse...

E se, de repente
A gente não sentisse
A dor que a gente finge
E sente
Se, de repente
A gente distraísse
O ferro do suplício
Ao som de uma canção
Então, eu te convidaria
Pra uma fantasia
Do meu violão