terça-feira, setembro 04, 2007

Caneta de tolo

Sentei na mesa do meu pai, cheia daquelas lindas coisinhas cromadas de escritório que são ideais para desviar a atenção. Lá, há uma caneta, que mais parece um charuto figurado, que tem uma base redonda, feito uma rosquinha, em que ela se apoia no centro vazio. Precisava escrever um recado. Ela, reluzente, pareceu ideal e solícita. Passei a mão, encostei no papel, e ela não me concedeu um traço sequer.
"Bonitinha, mas ordinária", pensei.
Fui devolvê-la de onde tirei e descubro que a base era imantada, e era o campo magnético que a mantinha em pé, sem o menor apoio de qualquer outro ponto.
"Ah, que bem bolado!"
E, só por causa disso, tirei-a de lá de novo e tentei riscá-la novamente, coisa que sabia que era inútil.
"Hm.... bonitinha, mas não muito esperta."

2 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Gostei do termo "imantada", não existe aqui em Portugal.
É por isso que há homem ... broxa!
Será ???

ALL STAR disse...

Caramba...tenho uma dessas na minha mesa! Ok, grandescoises, mas eu pensei que era o único que a mantinha ali....sem funcionar! É só para olhar mesmo, ou para manter um duelo não declarado do tipo: parou de escrever, né? Safada! Vamos ver até quando consegue ficar se equilibrando na Rosquinha Mabel cromada......
Continue contaminando com poesia o olhar comum sobre as coisas comuns.