Devia largar tudo, queimar minha calça jeans, esquecer os saltos, rímel e desodorante. Viver de mastigar folha, tratar tudo com chazinhos e ter porra nenhuma na cabeça. Tinha é que usar estampas escalafobéticas em laranja, cultivar uns dreads no cabelo, ir embora. Me recolher numa praia esquecida, fazer duendes de durepox, vender tornozeleiras e pentes, passar o dia sentada numa canga velha no chão. Devia fumar um cachimbo, ter quatro filhos, Zimbábue, Cáusaco, Kilimanjaro e Ibitipoca. Fazer dos meus livros arte reciclada, cortar meu vocabulário pela metade e negar todo o resto que sei. Devia tocar calimba, entoar canções de paz que não tenho idéia de onde vieram, ter algumas espécies de piolho na cabeça, algumas não catalogadas. Tinha é que rasgar meus documentos, CPF, CNH, passaporte.
E diploma é o carai...
2 comentários:
Não, filho Zimbabué, (por estes lados acentuamos a palavra como aguda, mexericos da gramática), NÃO.
Pode sair ao Mubage, um dos maiores racistas de África.
Mais valem dois de Ibitipoca, (é um Parque Natural e é o que está a dar, nesta altura)
O Kilimanjaro, já foi esquecido!
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