Cresci, sim, já passei dos 20. Mas certas coisas eu não perdi. Consigo rir das mesmas piadas, sempre gargalho alto, por horas; deixo as jujubas vermelhas por último, assim como a batatinha; os episódios de Tom & Jerry e Pernalonga nunca foram (nem serão) reprisados o suficiente para meu gosto, ainda mais aqueles em que tocam Rapisódia Húngara Nº2, Op.60; uma parte considerável dos problemas se resolve (ou pelo menos se atenua) com uma boa tigela de sorvete de chocolate; não dispenso carinho, beijinho, cafuné; faço caretas; às vezes peço o lanche só pelo brinde; sou capaz de sair correndo, pular, abraçar os joelhos só para espirrar mais água ao cair na piscina; ainda não desisti de comprar minha cópia de Fantasia da Disney; tenho idéias malucas, tolas, engraçadas, absurdas, ilógicas; às vezes me perco no shopping; (nos tempos de TV) Cartoon Network era um dos meus canais favoritos; adoro bicho, sempre brinco com cachorro de rua; costumava rolar na grama com a rottweiler do meu vizinho; pergunto tudo; tenho vários amigos, adoro me cercar de pessoas queridas; ouço sempre uma história com a maior atenção; ainda preciso que me mandem comer direito; fui às lágrimas quando meu chaveiro da Florzinha quebrou; não me ponham para assistir Dumbo, eu vou chorar!
Como podem notar, ainda sou uma criança. E, já que sou, sou especial como qualquer outra.
Não concorda, Zú?
2 comentários:
O Chaveiro da florzinha nããããããooo!!!!!
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