Rabiscando mais

E por que não posso rabiscar? A vantagem do blog é que é uma folha infinita, como o universo e a burrice, até que se prove o contrário.
O momento é estranho, talvez porque Natal é sempre uma época confusa, com música chata ao fundo, preocupações que se formam entre a cordialidade e a política e o fato de que temos que nos acostumar com a idéia de que um homem com um saco grande vai entrar na sua casa e você ainda vai ter que agradecer. Tem também minha cirurgia amanhã, nada sério, logo estou de volta aos meus treinos de Parkour e minhas aulas de salsa, só algumas colheradas de silicone. Ou vai ver que são essas horas diante do pc todos os dias que me fazem desejar mais ver as pessoas, virar as páginas quando leio, roçar grafite em papel, caminhar e provar do vento no rosto do que teclar, teclar e teclar. O siêncio do telefone nos últimos 4 dias também não ajuda a mudar esse quadro.
E outras coisas que não cabem ser nomeadas...
[Pausa longa]
De alguma forma, parece que aquilo que lemos e ouvimos bate em um poço fundo, fazendo um eco silenciador, mesmo que seja do tamanho de uma moeda. De alguma forma, somos feitos de areia, que o mais gentil dos ventos consegue deixar sua impressão.
Tento e retento escrever as coisas, mas aí vejo seriam apenas mais tolices, divagações, gasto de papel.