quinta-feira, janeiro 24, 2008

S.O.S.

Segundo dia consecutivo tentando por ordem na papelada que eu, brilhantemente, tirei toda da escrivaninha e espalhei pelo chão. Engraçado como o trabalho de mais de um ano juntando todas as pilhas (lóóóxico que era mais de uma) numa arte da engenharia leva quase nada para perder suas colunas e estruturas e virar o mais desolador caos. É material de duas faculdade, projetos de pesquisa, congressos, cursos que fiz ao longo desse tempo, originais de traduções, esboços de posts (pasmem, caro público, metade deles nasce no papel), rascunhos de contos e poemas (ah, eu e meus poeminhas...), manuais e qualquer outra coisa que no passado não passava de celulose.
Desde a minha brilhante idéia de ontem, só recentemente vejo o chão do escritório. Dá para se pensar em esperança, afinal, não deve demorar muito mais para acabar. E nesse ponto cabe uma risada macabra/sarcástica. Ainda tem uma prateleira atrás de mim, com tanto ou mais papel do que a escrivaninha abrigou. Chega a ser assustador sentar na frente desse PC, incauta, digitando tranqüilamente no meu bloguizinho, e saber que a qualquer momento aquela papelada toda vai se lançar contra mim.
Há ainda um armário, mas eu vou fingir que não sei da existência dele e ele fará o mesmo comigo. Como ele fica atrás da porta, as chances de ser atacada por ele são menores.

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