Já havia falado com ele que não queria ovo nenhum, basicamente porque não quero ficar me entupindo de chocolate, "me dá um beijo e um abraço, vou gostar mais". E esse motivo eu precisei repetir-lhe umas 3 vezes, e mais outras 3 precisei dizer "sim, tenho certeza, não precisa".
O caminho para as Lojas eu conhecia bem, o engraçado é ele dando uma de rebelde, querendo ir pelo outro lado (mais longo).
— Não, pai, vem por aqui, é melhor.
Naturalmente que ele sempre
— Ah, é ali? Ah, tô lendo, éle ó jota, ahn... á eme. É tô vendo. Erre í... — Aí ele vê o letreiro, e instantaneamente fica quieto, fecha a boca, e ainda faz um hm.
Compramos, eu e ele, um ovo para o chato-pai.
— Pai, esse é seu — digo esticando o ovo a ele.
— Eu não como chocolate. — Balela, ele come sim! — Não gosto.
— Nem de Amandita?
Fechou a boca de novo, soltou o hmm dele, e ainda esticou os olhos para o pacote que estava na minha mão. Dei a ele, ele olhou, esticou de volta e perguntou:
— Não vai procurar para eu esconder?
Ri, brinquei, mas segurei a resposta que de que bem que merecia isso só pelo olhar que ele deu quando soube o sabor do chocolate.
Um comentário:
"Os pais são, quase sempre, um desapontamento para os filhos. Não conseguem preencher as expectativas que estes alimentaram na tenra infância."
Tenho andado arredado destas lides.
Como chocolate, quer branco, preto, amarelo, com recheio, em ovos, espalmado, ao alto, com faca e garfo, com colher, gelado, sim gelar um chocolate é uma maravilha.
Só não como, quando estou a dormir, porque ainda não aprendi a ser sonâmbulo ...
Talvez um dia.
O chocolate não faz mal a nada, antes pelo contrário.
Há quem diga que faz mal aos dentes. O que faz mal é não escová-los regularmente.
Nem tive tempo de desejar boa Páscoa.
Eu não combino muito bem ... só com a tradição de comer, cabrito, cordeiro ou borrego assado no forno, com arroz de forno também.
Tive que cozinhar aqui no meu cardenho e em Braga, para uma "catrafiada" de pessoal, pois o meu cunhado tem 6 filhas, 5 casadas e com filhos ...
Só faltou uma que anda a passear pela Europa com a família e a parturiente, que é minha afilhada de baptismo, comunhão e casamento.
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