quarta-feira, dezembro 24, 2008

Apathic way of life

Revi na segunda Clube da Luta (1999), filme que adoro, logo depois de ter visto na manicure um trecho do Jornal Nacional em que o presidente da Toyota dizia publicamente que a sua empresa estava com prejuízo.
Ouvir Tyler Durden dizer que somos um geração sem propósito, sem guerra e sem revolução é algo que me inquieta. Apesar de não discordar de alguns de seus métodos, talvez a real crise da nossa geração não seja o marasmo sociais, e sim o marasmo interno próprio do nosso tempo.
Somos a geração da conexão 24/7, com notícias em tempo real e mensagens instantâneas; assistimos de nossas casas um boing se chocar contra um dos maiores marcos da nossa época e o maior reflexo que isso nos deixou foi uma paranóia das companhias aéreas.
E agora vemos um presidente que é a representação de tudo aquilo que os EUA sempre chutou ascendendo ao poder da maior nação do mundo, ao mesmo tempo que surge uma crise financeira que alguns dizem ser pior do que a de 1929. Se os alarmistas estão certos ou não, só o tempo pode dizer.
Somam-se a esse quadro todos os conflitos, as guerras e os atentados que vemos através deste telescópio que se tornou a mídia.
Talvez o que o Sr. Durden não tenha se tocado é que não nos falta, propriamente, acontecimento nenhum; falta-nos a sensibilidade para percebermos a sua gravidade e a força motriz para catalisar mudanças.
Talvez se o tempo fosse outro, as pessoas não teriam dado tanta importância ao seu clube.

Um comentário:

Gabriel Cruz disse...

Falta sentido! nem que seja uma placa!