domingo, julho 21, 2013

Filme-crítica: Homem de Aço

Novaiorquinos ficaram felizes de serem poupados desta vez.


Não, não posso ir embora sem falar mais sobre o que vi. Como filme, eu confesso que esperava mais, algo que acompanhasse a onda criada pela trilogia recente de Batman, mas não, filme médio, sem surpresas. Tem só aquele cara que não me decepciona nunca,  Hans Zimmer apareceu e criou uns climas ótimos, como sempre, e como só ele consegue. 
Engraçado que a princípio, eu estava quase revoltada, achando que estava pra ver o Superman mais feio da minha vida. 
Entendam, meu primeiro namorado foi Christopher Reeve. Mesmo nova, era difícil resistir àquele homem que cabia nos meus fetiches mais primordiais, de olhos da cor do mar da Grécia, forte, alto, se despindo pela cidade, pronto para me levar pelos ares, com um tema do John Williams só pra ele! Nós namoramos longamente, fizemos planos, eu era jovem e ele inesquecível. E não me venham com o papo de que era alucinação infantil minha. Ele sempre tinha olhares penetrantes pra mim. Ah, como esquecer?
Você podem imaginar como eu fiquei quando ele teve o acidente que o condenou à cadeira de rodas. Foi um golpe difícil. O acidente em si não abalou a pessoa que ele foi pra mim, afinal, como sua namorada, eu sabia das sua fraqueza. Mas foi triste mesmo; não é por que é ex-namorado que deixamos de nos importar ou até mesmo se divertir quando algo de ruim acontece. Bom, com alguns sim, mas não era o caso dele.
O tempo foi passando, e quando eu era adolescente, vi outro homem portar o Poderoso S no peito.
Sim, ele não era não bonito, eu não nadava em seus olhos e ele nem me fazia ouvir fanfarras. Mas nossos encontros eram semanais, então ele me ganhou na insistência, além do fato de que eu ainda era órfã daquele amor dos anos anteriores.  Dean Cain fez a série da TV por 4 anos, e neste tempo sua beleza exótica me conquistou. Ainda que eu tentasse ser imune aos seus encantos, eu me derretia completamente quando ele sorria.
A vida seguiu, nossos caminhos se separaram, a série acabou.
Há poucos anos, em 2006, teve um outro filme, Superman, o Retorno. Não vi. Com tantas coisas no meu passado, o mero título era doloroso pra mim; posso até dizer ofensivo. Então ele nem conta no meu universo.
Então agora, mais madura, depois de tantas histórias novas na minha vida, mais inteira, eu me vi em paz para ir ao cinema.
Eu achava mesmo que ia ser completamente imune a um novo uniforme, tem até textura, a tipografia está refeita, a nossa música já não toca mais.
Mas ainda que o Henry Cavill não tivesse aqueles olhos lindos, aqueles ombros largos, aquele forte e másculo, não ficasse tão bem de uniforme, eu seria imune a alguém que tem seu próprio tema do Hans Zimmer ao fundo? É falar demais no meu coração!

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