Antes do deus sonso era tudo silêncio, mas isso não quer dizer que a música, bela, já não estivesse lá, pedindo com os olhos as tripas e o coração para que seus sons se animassem. E sempre entoou-se o acalanto, sempre rufaram os tambores; mal sabiam que dialogavam. Não que antes não houvesse sorrisos e risadas; apenas desconheciam os motivos. Não que os lírios já não ali habitassem, mas precisavam da pena e da tinta para que fossem para sempre gravados.
Não que antes não se amassem; só antes não se conheciam.
Um comentário:
O maior dos oradores não pode convencer mais do que as suas palavras, quer numa alvorada sonolenta, no aconchego da cama ou na hora das refeições.
Os dias não contam, pois estamos despertos e não ligamos ao que nos rodeia.
Este belo trecho é a poesia, a harmonia, o sonho, a fibra, a luta, a vitória.
Gostei.
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