terça-feira, julho 17, 2007

Tao

Que eu sou fã do Niemeyer não é novidade, já falei aqui antes. Por isso que ir para Brasília, participar de um congresso mal organizado, sem uma ajuda daqueles que tinham isso por obrigação (por outro lado, tive ajudas mavarilhosas!), não foi tão ruim quanto deveria ser. Deixei para trás minha cidade com um clima seco, então tampouco padeci disso.
Escapando de mais uma tarde enfadonha na filial do Fundão (que lá recebe o nome de UnB), desço eu na Esplanada dos Ministérios, atravesso uma daquelas várias vias expressas da cidade com o Congresso ao fundo, e me vejo cara-a-cara com a Catedral Metropolitana, caminhando entre os distintos evangelistas que guardam sua entrada. Visão tão arrebatadora que o sol batendo na moleira parecia cafuné.
Entro eu lá, banhanda no azul filtrado pelos vitrais, achando que minha peregrinação cosmopolita não podia ser mais abençoada.
Ledo engano.
Não é que lá dentro, guardada pelas não-paredes do grande arquiteto, havia uma Pietá?
-..........!

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