segunda-feira, setembro 03, 2007

Furem fur cognoscit, et lupum lupus*

Quem lê meu Casa sabe, tenho 3 cachorros e 2 gatas (minha lagartixa ainda não voltou); adoro animais. Acho companhias maravilhosas, respeitam nosso silêncio, nem sempre nossa autoridade, mas compensam. Muitas vezes aconselhei pessoas próximas a mim a adquirir um bicho de estimação para alegrar algum momento difícil pelo qual estavam passando; acho que crianças que tiveram uma boa convivência com um cachorro crescem diferente, melhor. Tedebê!
Mas eu acho ridículo, execrável, pessoas que de tão amigas dos bichos, esquecem da própria espécie. Odeio essa filosofia "na criança pode bater, mas coitadinho do bicho", e ainda falam isso com orgulho, como sinal de caráter. São capazes de sentir pena do pitbull que vai ser sacrificado mas não do sujeito que perdeu o braço a dentadas; são manifestantes ferozes na defesa dos animais, mas são cheios de preconceito porque o sujeito ali é de outra cor. Exemplo disso, eu lembro de um projeto de lei do Cláudio Cavalcante, do Partido Verde, que ia determinar que pessoas que usam força animal em seu trabalho, um homem que tenha um carroça puxada por um burro, por exemplo, não vão poder fazer o quadrúpede trabalhar mais de 8 horas. Entre alguns dos absurdos que vejo por trás dessa idéia, acho engraçado pensar que o catador de papel se mata de trabalhar porque é workaholic e leva o burrinho que fica lá na frente pra sustentar o próprio vício.
Engraçado também como são capazes de argumentar que os bichos são puros, não cruéis como os humanos. Mal se lembram que isso é só porque a regra Homo homini lupus** se aplica somente a nós. E pensando assim, confirmam isto à risca.
Aliás, o Latim, usado para repetir que o **homem é o lobo do homem, também repetia que *lobo não come lobo.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
xistosa, josé torres disse...

Não sou apreciador de pão. Gosto mais dum bom peixe, ou mesmo um naco de carne.
Mas nem sempre cumprimos os mandamento duma comida sã para um corpo são.
Por isso e de tempos a tempos, uns cachorros também "marcham", (como-os).
Gosto com bastante mostarda e picantes, para ficarem bem demolhados com cerveja ...
Bem, já as gatas ... é palavra mais brasileira, mas fica para novas núpcias ...
Um abração fresco, porque hoje está um caloraço!