Esclarecendo

Sobre isto, beluga disse...

Kath sempre polêmica.

Sabe que a Renovação Caristmática já foi um dia uma casa muito frequentada por mim... e como a Zumbi disse acima a Igreja é frequentada por homens que erram, erram não pelas coisas que ela prega, mas sim pela cultura histórica de seu tempo.

Discordo plenamente de você ter condenado Ratzinger por ter sido da Juventude Hitlerista. Pois em 1938 a pertença a tal organização era obrigatória. O pai de Bento XVI era um alemão inimigo do Nazismo por justamente achar que este era contra a Fé Católica. Soma-se a isso o fato que um dos primos do Papa teria sido morto pelo regime por ter Síndrome de Down.

Na JH Ratzinger não era entusiasta e nem frequentava as reuniões e durante a guerra ele desertou o exército alemão e chegando inclusive a ser preso.

Quanto a relação Igreja Nazismo é claro que possam ter existido padres e cardeais que eram a favor do regime... no entanto se isso era uma unanimidade na Igreja Católica o que dizer então de tantas capelas na Europa que juntas, escoderam mais Judeus que Oscar Schindler? o que dizer de um dos mais recentes Santos Canonizados, São Maximiliano Maria Kolbe que deu a sua vida em troca de várias vidas Judaicas nos campos de concentração?

O que dizer de tantos católicos na alemanha que deram suas vidas panfletando contra o regime nazista (no movimento Rosa Branca por exemplo...)

A Igreja erra sim, mas pode ter certeza que a cada erro que ela comete, dentro dela existem milhares de exeplos que mostram o quão ela está errada...

Quanto a enciclica e as palavras em relação ao Ateísmo eu a lerei primeiro e depois falo mais...

03/12/2007 20:43:00

E a ele eu respondo:
Biel, querido, minha crítica não foi ao passado de Bento de XVI, sequer, precisamente, ao passado da Igreja Católica. Nem de longe tiro o direito (e a propriedade) do ser humano de errar.
Você, melhor do que muitos, sabe que, mesmo não sendo católica, estudei profundamente o Catolicismo, desde a história de sua origem até sua caminhada atual, sabe também que não tendo à desmesura em meus julgamentos. Sei da mão auxiliadora dos padres aos judeus. Sei que sob o Nazismo, todos eram reféns, mesmo o povo alemão, e que por isso J. Ratzinger foi um jovem do regime. Lembro, ainda, de João Paulo II pedindo perdão à Humanidade pelos erros cometidos por sua Igreja no passado, num sinal que tais pecados não se tornarão a repetir.
Penso que alguém que passou pelas coisas que eu postei, áditas das coisas que você mesmo mencionou, devia ter um olhar mais atento e cônscio sobre os mecanismos da cultura histórica de cada tempo. Ao meu ver, faltou cuidado. O meu ponto era que o comentário foi infeliz, e abre brechas, como abriu, para acusações à irmandade católica.
No meu entendimento, o que Bento XVI fez foi acusações. E as dirigiu a uma parcela da população que, sob a égide de ateus, é inocente. Se erros foram comentidos empunhados de discurso ateu, não foram feitos sob a sua badeira e causa. Criticar a barbárie cometida em regimes comunistas e socialistas é plausível, naturalmente, mas chamando-os pelo nome ao qual eles mesmos se definiam. Creio, também, que houve um erro de generalização grave. Se os próprios católicos não querem, nem aceitam, serem confundidos com aqueles que sob uma causa cometem atrocidades, por que isso pode ser feito a outros?
Ratifico, minha crítica foi às palavras do Papa, não à sua Igreja, aos seus fiéis ou ao seu passado.