Escola para moças

Há muito tempo que aprecio pin ups, desenhos próprios da cultura pop que retratam mulheres sensuais; ele não gostava muito quando me conheceu, mas com o tempo foi olhando com mais carinho para elas. Inclusive, me passou esse site com uma coletânea maravilhosa de imagens, divididas por artistas e por época. Dá pra perder horas, eu perdi uns bons minutos.
E é engraçado ver como as clássicas não perdem todo o sexy appeal que têm, por mais que as calçolas, anágoas e coques-banana não façam mais parte dos nossos padrões de beleza. Era comum que as pin-ups de antigamente fossem retratadas em cenas cotidianas, ou em trajes comuns; mas por serem mulheres extremamente sensuais, não tinha como deixar de fora do retrato este traço marcante. Em geral, tem-se a impressão de estar invadindo a intimidade dessas moças; mesmo quando aparecem nuas, não perdem a classe nem deixam de ser sedutoras. Soma-se isso ao fato de algumas terem um sorriso largo à la Marylin estampado no rosto, ou por aparecerem divertindo-se com a situação.
Por outro lado, o que o tempo fez às moças não foi melhorá-las. O foco dos retratos contemporâneos é o erotismo e só, sem trilhas ou caminhos para escaparem do óbvio. Salvo poucos artistas, as mulheres aparecem de pernas abertas, escancaradas, completamente desvendadas. Esqueceram até mesmo de como se sorri. O que não é de se espantar, visto como são riscadas, marcadas pela magreza, perderam o ar acetinado que as mulheres tinham no passado.
Será que o segredo era o Creme Nivea que nossas avós não deixavam faltar?