quarta-feira, agosto 06, 2008

A brasileira deixa sempre para a última hora.

Dia dos pais, por mais linda a data que seja, guarda em suas entrelinhas um problema: dar presente ao Chato-pai.
Eu imagino que, em vias de regras, pai é mais complicado de presentear que mãe, só tô me repetindo. Mas o Chato-pai tem mais recheio. Se ele gosto de alguma coisa? Ah, várias! Entende muito de vinho, tinto. Vinho branco ele nega a existência. Profundo conhecedor de jazz, consegue o que eu sou incapaz: dizer que pertence ao free jazz e quem é do bebop. Também joga tênis, é muito bom nisso, dando coça em todos os meus irmãos por aproximação que se metem a cansar o coroa.
Os incautos (ah, os incautos!), se apressam em dizer incautices como "dá um vinho, ou algum coisa de sommelier", "dá um acessório de tênis" ou "dá um disco ou DVD de jazz". Depois de XX anos, o que não entra na categoria já-ganhou-da-vez-passada está na lista do seu-poder-aquisitivo-não alcança ou você-vai-comprar-errado.
Sabem o que é dar um merlot a um enólogo? É como pedir ao Google o significado de uma palavra só para agradar ao tradutor, ou seja, pedir para errar e ouvir sermão.
E como passar por esse drama é pouco, duas semanas depois do dia dos pais, adivinhem quem faz aniversário!
Isso mesmo, não é o filho do meu amigo que é fã de Homem-aranha.

Nenhum comentário: