Caixinha de surpresas II

Ok, Brasil foi eliminado e a Argentina teve um derrota linda para nós há quase uma semana,  e lá vou eu só escrever agora. Tudo bem, afinal, você não vêm aqui ler furos de reportagem mesmo. Em primeiro lugar, eu não concordo com que as pessoas digam de que a seleção tava ruim. Achei infinitamente melhor do que na última Copa, quando nós praticamente perdemos por W.O. Eu continuo fã do Júlio César e achei que nosso futebol era muito melhor que o da Holanda, que só ganhou na pipoca e no jogo sujo. Acho também que toda essa espinafração que a mídia tá fazendo em cima do Dunga e da sua seleção seja só um vendetta boba porque finalmente houve um técnico que tivesse cojones diante da Vênus Prateada. E tem mais, acho lastimável essa mania de brasileiro de jogar todo o esforço e competência dos jogadores no lixo se eles não trouxerem a taça. Mas talvez eu também não tenha idéia do que estou falando. Não devo ter. Ainda mais eu, que comecei há menos de um mês nesse negócio chamado futebol. Não tenho a menor categoria daqueles caras em camisas de cor engraçada atrás de balcões com marcas animadoras, comentando que fulano era atacante, não tinha nada que ter feito aquilo. Acontece também que entender do esporte é difícil, os comentaristas não ajudam, falam a maior parte do tempo de coisas que nunca tive a chance de testemunhar, como a seleção de 70, por exemplo. Mas isso é o de menos. Complicado mesmo é quando eles começam a comparar as escalações do time da Eslovênia e da Noruega para a Copa de 1994, e falam citando nome por nome daquele trio de atacantes que aquele técnico cujo nome parece um espirro montou para 1978, e ainda mencionam aquele cartão vermelho muito justo que o jogador recebeu aos 43 minutos do primeiro tempo. Será que esses caras lembram o nome dos seus filhos ou as crianças precisam entrar para a escolinha de futebol para isso?
Se precisa ter todas essas informações na memória, sério, eu nunca vou entender do assunto.