Quando prestei o ENEM, em algum ponto remoto de um galáxia distante, lembro que obtive resultado 8.9 na redação. Em duas das habilidades avaliadas tirei 10. Uma delas era sobre domínio de língua culta e blablablá. Quando li isso, comentei com uma amiga que eu sabia precisamente como eu tinha atingido aquela marca: eu havia, no meu texto, usado o trema duas vezes. Não é pouco para alguém da minha geração. Hoje, conversando com uma moça que está indo prestar o exame, só pude me limitar a desejar a ela uma boa prova, já que meu macete caiu em desuso, virou português arcaico. E eu me sinto mais velha do que o "boa noite" do Cid Moreira. Impressionar está cada vez mais difícil.
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