terça-feira, dezembro 21, 2010

Moderno testamento - novas emoções

Lembram do gafanhotão? Ele se foi. Talvez isso devesse representar algum alívio, até porque eu não tive qualquer envolvimento com este fato, mas não é bem assim. Acontece que eu fui uma das últimas pessoas a vê-lo, ele estava na cortina do meu quarto e eu estava de saída. Xinguei a criatura mas deixei ele lá, porque sabia que quando voltasse, teria que expulsá-lo de novo, então por que ter dois trabalhos?
Enfim, quando voltei, ele estava no chão, mas de pé, inteiro, só que imóvel feito uma pedra. Cretino, até morrer feito um guerreiro conseguiu. Então notem a minha situação: eu o vi pela última vez, me encontrei na cena do óbito e ainda morreu um gafanhoto de valor. Adianta eu me explicar? Dizer que não tenho nada a ver com isso?
Agora, o pior vocês ainda não sabem. No dia seguinte, lá estava outro gafanhotão na minha casa. E as duas possibilidades que isso abre só me ferram: ou eu estava cercada desde o início ou enviaram um dos seus para vingá-lo.

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