quarta-feira, dezembro 19, 2012

Assuntos finais

Ao que tudo indica, em dois dias viraremos todos história, só que sem ninguém para contar. Histórias que não serão recontadas, que não serão relembradas, nem mesmo com a vontade de serem esquecidas. Triste, de certa forma. Mais ou menos 48 horas para voltarmos ao nosso estado fundamental: poeira cósmica. Pensando assim, fica um pouco melhor de aguentar. A visão do futuro amedronta, de fato. Como viver em um mundo sem o Grande Arquiteto, sem o Sílvio Santos jogando dinheiro para a platéia despreocupado, sem a Dercy como nave-mãe dos palavrões, sem a cidade do Rio de Janeiro? Ah, sim, sem o Rio de Janeiro. Sejamos realistas, meus 2 leitores, se não vier esse tal de mega-ultra-XP-tsunami, ainda tem mais 4 anos de gestão do Eduardo Paes. Eu, sinceramente, prefiro a onda, porque depois que o nível d'água baixar, tá tudo seco, é só refazer as coisas e pronto, tudo continua maravilhoso. Já com este prefeito, só com Jesus obrando muito! E ainda pedindo reforços.
Então eu vi esta postagem, e até compartilhei com várias pessoas. E o motivo é nobre e justo. Dentro em breve, nós puf!, vamos todos pro beleléu, e isto une todas as crenças, todos cremos em Beleléu, ainda que não saibamos como achá-lo no Google Maps. Então que pequenos e singelos atos como os listados na postagem nos façam lembrar que somos, em maioria, bons. Que queremos, na totalidade, fazer o bem, ainda que em alguns momentos possamos nos enganar e ficarmos reféns de sentimentos que não nos façam bem.
Diante de tudo isso, fim do mundo, tsunami, beleléu (coisa que une a todos nós) e a bondade de cada um, eu vos convido a praticar boas ações. A fazer coisas dignas, não de notas, não de postagens e fotos em instagram, mas de sorrisos, de olhares iluminados, de boas surpresas, que significam  conexão com a humanidade que existe em cada um de nós. Vale qualquer coisa. Vale rever sua visão e sua postura, lembrando que mesmo o empacotador do mercado, ou o porteiro são pessoas tão dignas e merecedoras do seu bom dia como o seu chefe ou seus contatos de facebook.
Para tanto, eu vou disponibilizar o meu espaço, o meu Casa. Façam e postem nos comentários, me digam o que fizeram para abrir o sorriso de alguém. Falamos tanto do mal, dos prefeito ruim, do ódio no Brasil, da falta de limites e tudo o mais. Então que encontrem no meu Casa sempre um espaço - ainda que módico e singelo - para falarmos e enaltecermos o bem que fazemos ao outro.
Espero que até amanhã eu consiga cumprir a missão que eu mesma assinalo.
Se o mundo acabar, levamos daqui uma lembrança melhor de tudo, uma piccardia antes do acorde final. E se não acabar, que siva para que busquemos maneiras melhores e novas de fazer as coisas.

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