sexta-feira, maio 16, 2008

Quem não gosta de samba bom sujeito não é

Não me incomoda nada. Outro dia, num jornal, um sujeito para falar mal de mim me chamou de sambista, como se fosse um insulto. E eu sou um sambista. Quando eu morrer, quero que digam: "morreu um sambista que escrevia livros." Não estabeleço nenhuma hierarquia.
Chico Buarque

Chato-pai ligou hoje. Disse que leu meu blog (honra!!!). Desde que havia me mandado o e-mail contento sua obra, ele andou vigiando para ter certeza que eu não faria fortuna aqui sem dar-lhe royalties. Já que, ele só fez isso, em suas próprias palavras, porque achou que o Casa carecia de conteúdo. Eu, pessoa educada que sou, agradeci sua boa intenção.
Mas aí ele reclamou que eu disse que ele escreveu um sambinha. Sambinha, Chato-pai?
Desde criança você cantava Vinícius e Toquinho para ninar seus filhos, me ensinava as letras do Cartola na sala de estar com aquele vinil que se perdeu, cantarolou Noel, furou de tanto tocar os discos do Tom Jobim e do João Gilberto e vem me falar de sambinha? Eu lá sou o Geisel para achar que isso é insulto ou demérito?! Olha, pai, pode até ter gente que não gosta de você, mas sua filha gosta.
Aliás, confesso que há dias que fito a poesia tentando sambeá-la. Ainda sem sucesso; não consegui sequer fazer um samba ruim
E sambinha só fazem aqueles caras de calça branca e camisa segunda pele preta, cordãozão de prata, que ficam rimando amor com dor. E como eu já disse, meu pai tem estilo.
Mas até aí tudo bem, eu também já avisei que ele é PhD.

Aliás, Xistosa, Mala-filha, é assim que meu pai me chama. E, acredito que sim, mas vou perguntar a ele de qualquer jeito se cede a obra.

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