sábado, abril 04, 2009

Gran mestre!

Gente, eu vi, eu vi Gran Torino.
Se a experiência do cinema por si só já é algo psicanalítico, testemunhar a (última) obra-prima do grande mestre ( e a última grande injustiça da Academia) no meio de turbilhão de coisas que se passa só contribuiu.
E então este post fica assim, meio pastel de vento, com sabor mas pouco recheio. Afinal, sim, eu poderia falar da direção magistral dele, mas isso já é lugar comum para quem costuma ver seus filmes. Vale falar da sua atuação, mas o próprio personagem, de tão hermético e complexo, é algo que só se revela mesmo no silêncio ante a um olhar atento. Quando me apaixonei pela primeira vez por um Kowalski, não imaginava que seria só a primeira geração. Notável é ver que não apenas a direção de Eastwood é precisa e certeira, mas a sua atuação, mesmo já tendo passado dos 15 aninhos, continua vigorosa.
Pode parecer até que o filme trata só de um velho rabugento, mas naturalmente que isso não basta. São abordadas questões como preconceito (lembram de Crash?), determinismo e, acima de tudo, redenção.
Vendo o filme, lembrei-me do que um amigo uma vez me disse que eu nunca mais esqueci, "todo grande mau-humor guarda atrás de si um coração imenso". Vai ver eu nunca esqueci disso porque, no fundo, faz parece que até eu posso ser uma boa pessoa.
Sei que no final, eu lá, sentadinha no escuro, ao som da canção final, só consegui murmurar:
— Clint, me abraça.

2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Thiago disse...

Mary, você quase me convenceu a ver essa chatice do Clint... quase! Mas não gosto de velhos tarados. rsrsrs. Beijos.