quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Invicto

Seria bom encontrar com o Clint de novo. Tudo bem que a maior parte dos assuntos que tinha a tratar com ele eu já falei. Eu sei que ele não lê o Casa porque não fala português, mas ele sabe sobre alguma coisa ou outra que penso. Só que dessa vez, o assunto ia ser um pouco diferente. Acontece que assisti Invictus ontem. Bom, a figura do Mandela sempre foi algo que realmente me chamou a atenção e me inspirou respeito. Vê-lo encarnado por Morgan Freeman, que — deixando de lado um filme ou outro que não me interessou— fez algumas das personagens mais cativantes, humanas e leais do cinema, como Lucius Fox (Batmans), Eddie Scrap-Iron Dupris (Menina de Ouro), ou Ellis Boyd 'Red' Redding (Um Sonho de Liberdade, um dos filmes que mais amo nesta vida!); e Deus (O Todo-poderoso) — afinal, só alguém como ele, que já foi presidiário, presidente duas vezes e  faxineiro é que pode ser definido como onipresente — realmente valeu a pena, emocionou. Eu lembro de sempre que via o Mandela na televisão, ele estava sorrindo. Eu imagino que é isso que acontece quando você passa mais de 20 anos na cadeia e depois consegue chegar onde ele chegou. E revi isso na telona ontem.
Só que voltando ao Clint, eu realmente preciso colocar umas coisas a ele. Primeiro, que quanto mais os anos passam, mais ele vai ficando megalomaníaco, desmedido. Mas a parada mesmo é que ele é um manipulador, me fez ficar torcendo pela África do Sul num jogo de rugby, outro jogo de bola oval sobre o qual entendo lhufas das regras, justo eu, que sempre saio para passear em jogo da seleção. E, se fosse pouco, eu ainda vou botar no meu mural o poema citado no filme. Manipulador e megalomaníaco, sim, senhor, é, mas também não estou reclamando.

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