terça-feira, outubro 31, 2006

Quem sou eu.

Outro dia, me perguntaram quem é Kath (como todos que eu sei que lêem isso aqui sabem quem eu sou - meu antigo 1-leitor sumiu - não preciso explicar muito a pergunta).
Expliquei que Kath sou eu mesma. Começou com Katanah, quando virei ciber-navegante; afiada, implacável! Depois comecei a ter amigos de outras terras, um deles me apelidou de Kath, mais curtinho, pessoal, mais amiga; daí gostei e ficou.
Pensei nisso, pensei nessa trajetória toda desde que tive que começar a projetar minha personalidade neste espaço virtual insano e em todas as mudanças que ocorreram desde então.
Por que estou falando isso? Mais ainda, por que estou falando isso hoje? Porque hoje esse blog completa 1 ano, há 13 links de arquivos à sua esquerda; e esse último ano que passou, de todos os outros, é o ano que penso que as mudanças mais significativas aconteceram. Há um ano atrás, eu estava sofrendo com um nódulo que apareceu nas minhas cordas vocais, o silêncio, que foi objeto aqui tanta vezes, desde o primeiro post, havia sido imposto a mim de uma maneira muito dura, e nem bem um ano se passou, o silêncio foi quebrado da melhor maneira que eu podia fazer. Esses últimos 12 meses que passaram foram um ano em que várias coisas que estiveram em gestação dentro de mim por muito tempo começaram a aflorar e tomar seu espaço, a me definir (acham mesmo que há um ano atrás A Loira morava em mim?). E acho engraçado o movimento de pessoas nesse tempo corrido; há uma que acompanhou esse processo todo, tenho-a quase como uma parteira; há ele, que estava na minha vida já fazia tempo, mas só com esse amadurecimento é que soube dar o espaço que merecia e só cresceu em importância e valor. Há também todos os meus amigos que estavam do meu lado há muito tempo e que não me deixaram esquecer quem sou, de onde vim. Pois saibam que estou feliz por onde estou hoje; feliz, mas não satisfeita. Mais ainda, estou feliz por ver que tenho pessoas tão boas comigo; as que considero as melhores. Só tenho a pedir que continuem comigo, que penso que o que está por vir é ainda melhor do que o que já passou.
E, aproveitando a louraça que deu as caras aqui há pouco, eu deixo ela cantar o parabéns, inesquecível daquele jeito que ela sabe fazer!


A foto é para a gente lembrar que quem tem um ano não é bobo.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Testes inúteis que adoro fazer: que diva mora dentro de você?

Marilyn Monroe

Sua força nasce de um ‘não-sei-o-quê’ de menina que você tem. Mistura de fragilidade e de força, para as mulheres você é um mito, para os homens você é uma criança indefesa...e irresistível! Suas armas? Saber usar os todos os recursos a seu favor, afinal, não existem mulheres feias, existem as que não dão a mínima, as mal-cuidadas e as que não sabem valorizar sua beleza...não é mesmo o seu caso!

Quem diria que a mulher que inaugurou o estilo louraça-rasa-quarteirão moraria em mim?

Ainda sobre a mesma raça

Me enerva pessoas que precisam falar em público, passar sua mensagem, e não tem a menor manha, jeito, interesse, vontade de serem sedutores a sua platéia. Se eu ler toscamente o meu texto de 18-páginas-frente-e-verso, dei meu recado.
Mania desse povinho de araque que são os eruditos: gostam de pensar que o conhecimento é a única coisa que importa, e o meio de transmissão é desprezível; e se você não se interessou, não captou, é porque VOCÊ é um acéfalo.
Não à toa, tudo indica que essa raça vai sumir da face da terra, cada vez há menos espaços e produtos para eles (coisa aliás que adoram dizer que rejeitam mas não, adoram!). Aí então o hã-hã-hã-hã vai sumir! Glória...

O fim do meio

O meio acadêmico é cheio de coisas boas. Gosto dessa coisa de mexer com as idéias, futucar para que elas cresçam, mesmo que para lados impensáveis, e criem frutos. É um também um meio de claustro construtivo, ambientes aveludados, com passos abafados por carpete, perfumado pela umidade e mofo incrustados nos livros; podendo tanto ser silencioso e introspectivo, monofônico e contemplativo, ou até mesmo caótico e belicoso.
E, vez por outra, rola socialização, coquetéis e coffee breaks, com pessoas em tecidos naturais e sandálias rasteiras conversando com outras em ternos bem cosidos e sapatos polidos, bebericando do café em xicrinhas, beliscando de bandejas ornamentadas de tão organizadas.
Ah, o meio acadêmico tem tudo para ser legal. Quase tudo. Tem um problema: os acadêmicos. São um bando de chatos, que no fundo (e também no raso) competem para ver quem leu mais, quem decorou mais nomes em línguas européias. Mas o que mais me ataca os nervos nem é isso, são aquelas tentativas de piada, nulas em humor, que sempre provocam aquela risadinha, em que se inclina a cabeça 13,5º para trás e faz-se soar aquele hã-hã-hã-hã (já repararam que nunca é mais que 4?), irritante!
Meiozinho besta!

IPC: ainda tô pensando num título melhor para esse post...

Retrato por extenso

Dentro do meu carro, com a janela aberta deixando entrar aquele vento que escolhe uma dentre todas as mechas para levantar e vez por outra roçar meu rosto, com meus óculos aviator, minha blusinha da Harley-Davidson, perfeitamente acomodada no banco, o sol me olhava de frente, passeando pela Niemeyer; livros e batom no banco ao lado. Ainda era muito cedo para te ligar.

April in Paris


I never knew the charm of spring
I never met it face to face
I never new my heart could sing
I never missed a warm embrace
Till april in Paris
Whom can I run to
What have you done to my heart


Entre a reeleição do Lula e a voz da Billie, com essa poesia envolvente que nem mora nos versos, beirando a banalidade, Paris me soa a nossa boa opção. E entre dezembro e abril, há um bom tempo para colocar tudo no lugar. Só uma opção, vai...

!Para as outras imagens, clique aqui.

domingo, outubro 29, 2006

Dizer o quê?

Olha, eu passei reto pelo primiero turno, não falei nada de pessoas como Clodovil e Fernando Collor subirem ao poder, isso porque eu tinha a sensação de que ainda tinha coisas por vir. E o pior, eu estava certa (há vezes que tudo que queria era estar redondamente enganada!).
Lula reeleito. Taquioparil... Antes que me perguntem, não, não acho o Alckmin tão supimpa assim. Aliás, há muito tempo deixei de acreditar que o futuro do Brasil mora neste ou naquele candidato. Ou a sociedade como um todo de mobiliza e transforma esse país, ou vamos morrer sendo a grande promessa do futuro que já passou. Mas depois que o Lula volta, talvez seja mais fácil acreditar em um salvador da pátria mesmo.
O que me cansa no PT é esse discursinho de mudanças, de que todos são reacionários menos eles, pois só eles sabem o caminho da mudança; se não está com, está contra. E subiram ao poder, e provaram que são todos farinha do mesmo saco, a única diferença é que o tempo que demorou para isso fez com os apetites ficassem vorazes demais; quem nunca comeu melado, quando come mel se lambuza. Não vou nem falar daqueles socialistas-de-papai que atendem por militantes...
Ainda assim, existe dentro de mim uma esperança que vai uma dia chegar uma eleição em que não haja a sensação de que estamos mais perdidos que filho-da-puta em dia dos pais, mas isso deve ser porque eu só sou cínica e pessimista na fachada.
Droga... agora o bolinho do dia 31 vai vir com gostinho amargo...

sábado, outubro 28, 2006

E veio mesmo!

-Posso saber que fixação é essa com os albatrozes? hahaha
-Não sei se é pelo vôo, se é pelo pouso, ou pelo nome que é sonoro.
-Cara, eles voam como aviões da Gol, pousam com os da PanAm e ainda têm "atroz" no nome. Que há de bom???? hahahahaha
-Isso vai pro blog...

Olhares e sorrisos

Ele estava andando ereto, olhando em volta. Ela olhava para baixo, com as mechas escuras caindo em volta do rosto. Então a porta se abriu, ela ergueu a cabeça e os olhos dele pararam nela; sem rodeios ou desvios. Ele se deteve em sua caminhada e ela segurou a sua respiração por meio segundo. Sem alardes, sorriram um para o outro, sem nunca parar de se olhar, abriram o sorriso simultaneamente. Então veio aquele olhar que só ele conseguia arrancar dela, os olhos dela baixaram com uma expirada curtinha mas ruidosa.
Ele foi até ela em passos apressados, ela já o esperava de braços abertos; abraçou-a forte, tirou-a do chão e rodou seu corpo no ar. Não disseram palavra alguma.

Enrolando...

Mais um pouquinho Casa101 completa 1 ano, 1 aninho... E só ando com inspiração para fazer Ctrl C-Ctrl Vs. Eu podia usar recursos modernos para fazer com que os poucos visitantes assíduos aqui de casa não perdessem a viagem, mas os guio à fonte. Visitem o fabuloso gerador de Lero-Lero e nem sentirão minha ausência e, ainda de brinde, conseguirão papo para qualquer situação em que tenham que parecer cheio de conteúdo.
.
.
.
E eu volto, dia 31 tem bolinho.

L'Albatros

Souvent, pour s'amuser, les hommes d'équipage
Prennent des albatros, vastes oiseaux des mers,
Qui suivent, indolents compagnons de voyage,
Le navire glissant sur les gouffres amers.

À peine les ont-ils déposés sur les planches,
Que ces rois de l'azur, maladroits et honteux,
Laissent piteusement leurs grandes ailes blanches
Comme des avirons traîner à côté d'eux.

Ce voyageur ailé, comme il est gauche et veule!
Lui, naguère si beau, qu'il est comique et laid!
L'un agace son bec avec un brûle-gueule,
L'autre mime, en boitant, l'infirme qui volait!

Le Poète est semblable au prince des nuées
Qui hante la tempête et se rit de l'archer;
Exilé sur le sol au milieu des huées,
Ses ailes de géant l'empêchent de marcher.

Charles Baudelaire


O Albatroz

Para se divertir, os marujos costumam
Pegar um albatroz, grande ave do mar,
Companheira indolente dos barcos que rumam
Para os mares do Sul, abismos a cruzar.

Fisgado pelo anzol, atirado ao convés,
Este rei do azul, triste, desajeitado,
Para fugir arrasta seus enormes pés
E deixa as asas brancas caídas de lado.

Aéreo viajante, tão fraco e nanico!
Antes belo, agora feioso bufão!
Alguém com um tição espicaça-lhe o bico;
Outro a mancar imita o alado aleijão.

O Poeta é igual ao rei do firmamento
Que ri da tempestade e das flechas no ar;
Exilado no chão, cercado de tormento,
As asas de gigante não o deixam andar

Tradução de Jorge Pontual

*Ctrl C-Ctrl V do New York on time, na esperança de que volte o movimento por lá.

Poeira varrida



"Descendo para o sul, me afastando a todo pano da infinita segurança do Jurumirim, com bruxas ou sem elas, acabava de varrer da minha viagem a pior espécie de poeira que uma vassoura pode afastar: a de nunca começar."
(In Mar sem fim, Amyr Klink, 2000)

quarta-feira, outubro 25, 2006

Pra ulular de rir

Natal tá chegando, vamos pensar no bom velhinho com sua gargalhada de tremer o barrigão. E vamos fazer igual!!!! Clique aqui!

segunda-feira, outubro 23, 2006

Caixinha de surpresas

Tenho um professor (tenho vários); ele é flamenguista, apesar de seus pais serem vascaínos (ou seriam botafoguenses?). Quando indagado sobre o porquê de tamanha hýbris contra seus pais, ele disse
"Um dia, vi o Zico fazer 4X0, e vi meu pai lá sofrendo e me perguntei como alguém podia torcer contra aquilo!" Tive que concordar. Nunca fui apaixonada por futebol, mas não sou cega. Fato é que Zico se aposentou em 86; eu era novinha, naquela época era difícil reconhecer brilhantismo mesmo quando ele vinha com um crachá com foto. Então podemos culpar o Márcio Nunes por parte do meu desinteresse sobre o esporte: ele tirou o motivo de campo.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Mais si je t´aime...

Sim, amor é ingrato, pássaro rebelde que quando chama ele não vem, quando não se chama ele está ali; é filho de boêmios , nunca conheceu a lei. Mas às vezes ele chega, pousa no seu ombro e fica, não importa o quanto tente-se espantá-lo. E nessas horas, tudo que precisamos, que é mais difícil às vezes que achá-lo, é ser amado.

Pra pensar

"Quando a última árvore tiver caído,
..quando o último rio tiver secado,
..quando o último peixe for pescado,
..vocês vão entender que dinheiro não se come."
(provérbio indígena)

quarta-feira, outubro 18, 2006

Check!

Carinho para ele à distância, desabafo, dica, poemas. Só uma bela imagem faltava para fazer uma lista completa. Ei-la:

Atlantic Ocean off the Coast of Nova Scotia, Canada, 1997
Photograph by Flip Nicklin

Dois poemas

Sem Ar
Nasci com o cordão
enrolado no pescoço,
descobri cedo que a vida
é de tirar o fôlego.
Desde então, respiro fundo,
que é pra me vingar

Nascer é debochar da morte

O Preço da Minha Poesia
Minha poesia
não cobra dinheiro
não cobra sorrisos
cobra apenas
a leitura,
custa, literalmente,
os olhos da cara.

De Fillipe José Diniz, publicado no Plástico Bolha, o jornal dos tarados do Dpto. de Letras da PUC-Rio.

Dica redundante

Sou fã do Kibe Loco há muito tempo, muito antes do autor dar entrevista no Jô e receber para ser engraçado, todos os blogs que tive desde que descobri o site sempre tiveram o link permantente para lá. Dizer que aquilo tá engraçado é chover no molhado, mas como acabei de passar vergonha aqui no laboratório de informática com uma gargalhada que não consegui conter, não podia não mencionar: as últimas postagens estão excelentes (não ia dizer que estão foda, palavra feia essa, e já me chamaram de boca suja hoje). Por favor, visitem. Vocês vão me agradecer!

Vilã-mor

Super-heróis são aqueles de super-poderes, que de uma forma ou de outra, sofreram o abandono ainda bem jovens e venceram a própria vida e condição humana, cheios do simbolismo e trajetória conturbada. Enfrentam super-vilões, adversários ardilosos que não cansam de serem derrotados; e sempre, sempre, portam nomes e roupas que só impõe respeito neles mesmos.
É justo isso? E eu?
Meu traje é uma calça jeans e a camisa que estava no topo da pilha. À exceção da minha paciência e meu campo magnético que só atrai loucos, nasci desprovida de poderes extraordinários. Sim, do meu nome eu gosto, embora ele sirva em outras pessoas também. Mas digo que meu adversário é mais implacável que todos os outros; todo dia, eu enfrento a Cidade (com letra maiúscula mesmo! E se puderem me ajudar, imaginem um acorde bem dramático ao lerem seu nome).
Todo dia, trava-se um combate entre eu e ela. Ela sabe criar os piores obstáculos, sem misericórdia alguma, sem o menor sinal de cansaço. Com seu exército implacável, bloqueia todos os meus caminhos, me impede de chegar aos lugares, por vezes me expõe à insegurança, fecha um túnel ou via sob tiros qual enxame insandecido ou pedregulhos. O que mais me impressiona é que seus soldados são pessoas como eu, que apenas diferem de mim por traje ou nome. É mesmo uma batalha que se pode vencer? E se for, até quando?
Inveja do Homem-Aranha cujo inimigo só tinha 8 braços e um gênio dos infernos.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Cotidiano

Diazinho chato, de reunião inútil, probleminhas tolos e burocracia. Olhou no relógio, já passava há muito das 20hs. Começou a catar suas pastas e livros, desceu pelo elevador, saiu do prédio e andou até seu carro, teve que soltar toda aquela papelada para poder achar as chaves que estavam no fundo da bolsa, a cara era de pouquíssimos amigos.
Começou sentir os primeiros pingos de chuva nos ombros e a chave ainda nem tinha dado sinal algum. Continuou a correr os dedos no fundo do forro da bolsa e então encontrou. Abriu o carro correndo, colocou tudo no banco do carona e se jogou em seu banco, expirando longamente, tentando se libertar de parte daquele mau-humor. Em vão.
Começou a ouvir o celular vibrando no fundo da bolsa, já ia lançar outro xingamento, mas então ouviu os acordes e Jack Johnson cantando o refrão. "Já já tô em casa", dizia a mensagem. Sorriu largamente.
Ligou o carro com um sorriso no rosto e foi dirigindo cantarolando a música. Dia bom aquele.

Dores

Há dores. De todos os tipo, de todas as formas, em todos, de todos os lados. Há aquelas dentro de nossas cabeças, podendo ser um zunido, uma pressão, uma agulhadinha pequena, mas constante, ou só uma sensação a qual não estamos acostumados. Para todas essas, há remédio, tratamento, ou o costume.
Mas há aquelas que nos pegam pela alma, dentro de nossa essência, e remédio não há, para elas há o tempo.
Mas há aquelas dores aos nossos e para essas, dentro de nós, nem o tempo expurga.
A dor de uma palavra ferina lançada contra nós nos fere, sim, e um dia ela passa. Mas a dor da palavra nossa lançada contra aqueles que amamos é mais cruel, porque às vezes a palavra é esquecida, mas a chaga que provocamos aos nossos nos é uma ferida eternamente aberta.
Seja por haver uma diferença entre nós, seja por haver enganos, seja por ter pensado diferente, seja por não ter braços e pernas longos e poderosos o suficiente para alcançar, para fazer girar o mundo ao contrário e desfazer aquele momento em que a estocada atingiu o alvo. Dói-nos. Dói-nos como lâmina longuíssima que nunca cessa de penetrar e abrir a carne a dor daquele que amamos. Simplesmente por nossa impotência de tirar-lhe a dor e vestir em nós mesmo, carregá-la em nossa própria carne, sentir em nossa própria alma a dor que concedemos a alguém que amamos.

sexta-feira, outubro 13, 2006

.

...sem mais palavras, sem mais argumentação lógica nesse turbilhão de dimensões recém-inauguradas, só sobre sentimentos e turbilhões internos: perdoamos aquilo que fazem a nós, jamais perdoamos aquilo que fazem aos nossos, mesmo que sejamos nós mesmos.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Eu canto

Por mais que os sinos já tenham sido ensurdecedores antes, por mais que o vento correndo seja um grito cortante, ouve meus discursos sem armas e com espírito aberto, vai ver que são novos e únicos. Vai ver que todas a melodias que entôo são para ti, e que delas emana um harmônico cristalino no qual se ouve um constante eu te amo, sem fermatas ou acordes conclusivos, seja nas notas sustentadas, seja nas pausas pontuadas.

terça-feira, outubro 10, 2006

Difícil essa...

Por que há tanta variedade de cantoras pop na mídia se no final todas elas vão terminar do mesmo jeito: gostosonas, turbinadas, ultra-sexys, loironas, com a mesma batida enlatada no fundo, com o mesmo rebolado rasa-quarteirão e o mesmo software para melhorar as suas vozes?
Mais ainda: porque eu consigo preferir umas poucas às outras?

segunda-feira, outubro 09, 2006

Bloqueio

Tá difícil escrever. Deve ser porque já não escuto a sua voz há tantos dias, porque esse seu sorriso lindo tá longe de mim e meu lençóis exalam aquele cheiro insuportável de amaciante de lavanda e não o seu.
Billie já tinha cantado há muito tempo, Stormy weather, since my man and I ain't together, keeps raining all the time.
Então, ela que conhecia isso muito antes de mim, vou aceitar seu conselho...
All I do is pray,
the lord above will let me
Walk in the sun once more

sábado, outubro 07, 2006

Vincent

Gosta de animação? E da aura gótica do Tim Burton? Se amarra em O Corvo do Poe? Ou só foi uma criança (e é um adulto) de mente fértil? Como eu me encaixo em todos os quesitos, deixo aqui a sugestão do video Vincent

Hein... ah...sobre aquilo, né? O post vem, tá no forno....

quinta-feira, outubro 05, 2006

0!!!
E faça o favor, inferno astral, de ir para a qu74 pu3 q4r1u!!!!!

terça-feira, outubro 03, 2006

Vida

Viveu acordada. Poucas vezes piscou, pendeu a cabeça num sono que a permitisse sonhar. Poucas vezes se entorpeceu de palavras e planos, nunca pensou que haveria um vestido que fosse para ela, sempre acreditou que passaria por esse mundo e só deixaria suas obras, nada além.
Então veio ele, tão externo ao seu universo, tão certo e na medida para seu mundo e suas necessidades; tão necessário a ela; tão necessitado dela.
Os olhos se abriram, mas a pessoa era outra. Eu te amo era como um hálito agradável, que não saía de sua boca; passou a olhar com menos descrédito aos vestidos, se havia um homem que era certo para ela; um vestido, que não passa de arquitetura em linha e tecido, seria fácil.
2...

segunda-feira, outubro 02, 2006

02/10

Segunda-feira pacata, rotineira e úmida. Com carinhos via sms e um desvio de caminho.
Choveu feito um filme do Kurosawa
3...

Mmmmmmmmmmmm

Tem Maria Callas, tem Sinatra, Ray, Chico, Cartola; mas o auge da melancolia mesmo é Tan Dun, das trilhas que ele fez para O tigre e o dragão e Herói; eu, com olhos de zanzen, acompanhando em boca chiusa as linhas do Yo-yo Ma e Itzhak Perlman.